domingo, 28 de fevereiro de 2010

A REVOLTA DA BIOSFERA

A REVOLTA DA BIOSFERA

Prof prim

Esta abordagem tem como finalidade levar o leitor a uma reflexão a respeito da atuação do homem sobre a terra, enquanto ser biológico que depende de vários fatores ambientais para que possa sobreviver. A evolução da espécie humana sobre a terra, se comparada com a idade da terra ou com outras espécies de animais e vegetais, tem um surgimento recente, talvez um milhão de anos, o que é pouco perante a idade da terra que se especula ser algo próximo de duas dezenas bilhões de anos. Antes do surgimento da espécie humana, a terra já era habitada por uma grande quantidade de espécies de animais e vegetais que formavam a biosfera, cuja origem estima-se ter ocorrido na Era Paleozóica, a mais ou menos seiscentos milhões de anos atrás.
Percebe-se, claramente, na cronologia acima que o homem foi um dos últimos inquilinos a instalar-se nesta nave voadora que transita pelo espaço sideral, impulsionada pela energia gravitacional que mantém unido todo o universo. Apesar de ser um dos últimos, é espantoso o estrago que o homem vem causando ao equilíbrio ecológico. Este estrago ganhou dimensão exponencial a partir do Século XIX, com as grandes descobertas e invenções tecnológicas. Hoje crescem cada vez mais as evidências de que a Terra não suportará, infinitamente, a escalada de agressões ou transformações que o homem vem causando ao meio ambiente. A enorme necessidade do homem contemporâneo de recursos naturais, que são diariamente retirados da natureza para se transformarem em matérias-primas, cujo produto final sustenta o atual modelo socioeconômico da civilização tecnológica, consumista, levará a Terra a grandes transformações físicas, onde os serem vivos – homem, animais e vegetais – vão pagar um preço muito elevado por essa insanidade.
A Revolta da Biosfera pretende trazer um pouco de razão a esta ação irracional praticada pelo homem. Essa irracionalidade está manifestada na incapacidade de perceber que, sem o conjunto de animais e vegetais que compõem a biosfera, a sobrevivência do animal homem também está ameaçada. Somos, portanto, também uma espécie ameaçada de extinção. Não por algum motivo de ordem catastrófica repentina, como se supõem ter ocorrido com os dinossauros com a queda de um meteoro, mas sim, pela degradação dos elementos constitutivos essenciais à manutenção da vida humana na terra, levados a efeito pelo próprio homem. Enfim, seremos vítimas da nossa própria insensatez.
Temos que encontrar mecanismos e meios de vivência que respeitam e levam em consideração toda a cadeia biológica da terra, sejam animais ou vegetais, bactérias ou elefantes, cobras ou lagartos, carnaúbas ou castanheiras, pois é exatamente da interdependência de todos estes elementos vivos que manteremos as condições de sobrevivência do homem.
Nessa linha seria natural e compreensível, se fosse possível, haver uma revolta de todos os serem vivos – animais e vegetais – contra o bicho homem, já que estes estão há muito mais tempo. Por essa razão, já que a revolta da biosfera é praticamente improvável, poderia a biologia humana revoltar-se e tratar de dar soluções adequadas aos seguintes pontos:
Avaliar as ações do gênero humano na terra no tocante a degradação da natureza;
Identificar e firmar estratégias com vistas a frear a ação de devastação da espécie humana, antes que todo o planeta seja destruído;
Elaborar um projeto de constituição planetária que garanta e estabeleça as condições de sobrevivência e de interdependência entre todas as espécies de animais e vegetais da terra.
Este tipo de indisciplina praticada pela raça humana, se não for corrigida a tempo, cobrará um preço muito elevado de vidas de animais e vegetais, em que o bicho homem também se torna o seu próprio algoz.

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