terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

SEGURANÇA PESSOAL E SOCIAL

SEGURANÇA PESSOAL E SOCIAL


Professor Maurino Prim

Vivemos num tempo em que a insegurança parece fazer parte do cotidiano. O medo vai se instalando na mente das pessoas, gerando uma sensação de impotência e preocupação. Medo de assalto, medo das drogas, medo de brigas e confusões, medo da intolerância e da agressividade desmedida, são algumas das expressões que circundam o ir e vir dos cidadãos, deixando um rastro de apreensão e ansiedade.
Diante desse quadro, faz-se necessário adotar algumas estratégias para aumentar a segurança pessoal e social.
A Segurança Pessoal é o conjunto de atitudes adotadas pelo indivíduo com a finalidade de proteger-se nos diversos ambientes em que se encontra.
Com exceção das causas acidentais que vitimam as pessoas sem que elas tenham a chance de esboçar uma defesa, tais como, “bala perdida” “objetos arremessados a esmo” , “assalto” etc, em todas as demais situações é possível uma reação racional que aumenta a segurança pessoal. Ou seja: “depende das atitudes que adotamos, das reações que temos diante dos fatos que nos rodeiam”.
As reações das pessoas, ante as provocações e perturbações, são influenciadas pela RAZÃO ou pela EMOCÃO.
Aqueles que aprendem a gerenciar as emoções nos focos de tensão, são capazes de tomar atitudes mais acertadas e, por conseqüência, saírem mais ilesas dos conflitos interpessoais. Aqueles que se deixam afundar nos abismos da emoção, acabam “perdendo a cabeça” e perdem o controle sobre seus atos, colocando em perigo a integridade física.
A regra de ouro nos ensina que devemos reagir diante de tudo que nos perturba. O segredo está no COMO REAGIR. Cada situação incômoda permite uma variedade muito grande de reações. Achar a melhor delas é um desafio que deve fazer parte de nossas preocupações. O sucesso da boa convivência reside exatamente nas escolhas que fazemos de COMO REAGIR. Quanto mais equilibrada e acertada for a reação, melhor será a segurança pessoal. É importante lembrar que a decisão de não fazer nada, também é fazer alguma coisa. É uma reação.
Uma outra forma de aumentar a segurança pessoal está em identificar e se afastar das áreas e situações de risco. Por áreas e situações de risco entende-se todas circunstâncias que possam pôr em perigo a integridade física das pessoas, tais como: multidões em desordem; local em que está havendo briga; ambientes fechados sem saídas de emergência; locais com grandes concentrações humanas, pessoas furiosas, etc, etc, etc.
Podemos afirmar que a segurança pessoal depende, em grande parte, da própria pessoa. Aqueles que são capazes de exercer um controle sobre as suas reações – físicas e verbais – aumentam exponencialmente o nível de tranqüilidade, equilíbrio e segurança. Aqueles que reagem de forma intempestiva, impulsiva e impensada costumam aumentar o nível de conflitos e atritos com seus oponentes, criando um ambiente de hostilidades e agressões recíprocas que geram insegurança. Em via de regra “o homem colhe o que planta”. “Quem planta vento, colhe tempestade”. Quem cultiva relações interpessoais pautadas no respeito, solidariedade, cooperação e amor tende a colher esses atributos como resposta.

A segurança social deve ser uma preocupação de todos. Ela é na verdade um estado de equilíbrio nas relações interpessoais, vistas num plano mais amplo e coletivo. A insegurança social é causada pela ação de uma pessoa ou por um grupo de pessoas que agridem a ordem social em proveito próprio. Ela tem a mesma lógica da insegurança pessoal. Nasce do desrespeito, da falta de solidariedade e cooperação, do desamor praticados contra a sociedade. A principal característica da insegurança social está no fato de ela não ter rosto, pois na maioria das vezes é praticada de forma silenciosa e anônima. Este aspecto dificulta a ação preventiva de exercer um controle através dos mecanismos sociais de segurança. Os agentes de segurança institucionais, tais como a Polícia, Guarda-Costas, Vigias, Segurança Privada, etc, são instrumentos utilizados pela sociedade para evitar os atos de violência. Porém, esses agentes não conseguem, sozinhos, dar conta de todas as demandas que surgem dos conflitos de interesses entre as pessoas. Daí a necessidade de haver uma ação coletiva para que os delitos sejam minimizados.

Enfim, valorizar a vida significa agir com visão e responsabilidade social, pois é no meio comunitário que a vida acontece. Não podemos fechar os olhos para a realidade que nos rodeia e achar que a solução dos problemas depende da ação dos outros. Temos que agir.
A SEGURANÇA DEPENDE DE CADA UM !

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